Exposição Virtual e Coletiva "Arte e Resistência" é composta por quatro artistas convidados e abre os trabalhos do ano 2021 Centro Cultural Casa das Pretas MT. São fotos, aquarelas e gravuras digitais que valorizam/enaltecem a cultura negra. São registros de resistência contra o racismo, mas também referenciais identitárias representativas e transformadoras.
A Casa das Pretas em Mato Grosso, é sediada na Praça da Mandioca, centro histórico de Cuiabá, criada pelo IMUNE-MT (Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso) para ser um centro de cultura, arte, literatura, cursos, palestras, eventos, enfim toda produção cultural que valorize a cultura afro-cuiabana em nosso Estado. Para a Exposição "Arte e Resistência" foram convidados quatro (04) artistas residentes em nosso estado.
Artistas
Carina Valeria
FOTÓGRAFA
Carina Valeria da Comunidade Ribeirão do Mutuca, uma das localidades que formam o Território Quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento-MT, traz em suas fotografias, um olhar para a ludicidade das crianças no criar e jogar. "Sou criança, sou negra/Também sou resistência/Racismo aqui não, se não gostou, paciência" - MC Soffia
João Almeida
FOTÓGRAFO
O geógrafo João Almeida fotografa Betinha, mediunizada na Tenda de “Maria Sabino”, entidade que trabalha na Umbanda, há mais de cinqüenta anos, empoderando mulheres ao lhes apresentar fé ancestral, força, resiliência, um farol contra intolerância religiosa. Cinco décadas de compromisso e conexão com sua linhagem de mulheres Xamãs, curadoras, benzedoras, abençoadoras. “Sua bença minha mãe Betinha!”
Elaine Fogaça
PINTORA
Elaine Fogaça nos brinda com aquarelas e pinturas inspiradoras com "olhos" que tudo vêem e se deixam ser penetrados e desvelados. Nos sensibilizam ao nos lembrar da potência e resistência feminina: "Sou mulher, sou dona do meu corpo/E da minha vontade. Fui eu que descobri Poder e Liberdade. Sou tudo que um dia eu sonhei pra mim" (Doralyce)
Lia Amazonas
ARTISTA DIGITAL
Lia Amazonascom sua arte digital mostra resistência, referência e construção de outras matrizes de representação de corpos pretos, segue no caminho da desconstrução da estética opressora dos anúncios de revistas e jornais que perpetuam a branquitude. "Há tanta beleza em mim/Há tanta riqueza em mim/Um mergulho pra dentro da casca.../As feridas que herdei são antigas mas a realeza tá há mais tempo no nosso DNA” (Drik Barbosa e Rashid)
Lupita Amorim
MULTIARTISTA
Lupita Amorim, 22 anos. Graduanda em Ciências Sociais na Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT; Coordenadora do Coletivo Negro Universitário da UFMT; Representante de Estudantes Negras e Negros no Conselho de Política de Ações Afirmativas e Extensionista do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação- NEPRE/UFMT, sob coordenação do Profº Dr. Sérgio Pereira dos Santos.
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